ABUSO SEXUAL INFANTIL
Toda vagínica ao analisar seu histórico de vida é possível enxergar os possíveis fatores que desencadearam o Vaginismo, no meu caso acredito que foram dois fatores que colaboraram e reforçaram para que eu vivenciasse o Vaginismo: O ABUSO SEXUAL e a EDUCAÇÃO RELIGIOSA.
Eu fui vítima de abuso sexual quando criança, foram várias tentativas de penetração, o abusador utilizava o dedo e eu lembro da força que eu fazia para ele não conseguir penetrar, eu me contraia toda, só lembro da dor, a sensação era que eu estava sendo violada, em uma outra oportunidade conto mais sobre isso.
Só fui abrir a situação para minha mãe quando eu tinha 13 anos, pois chegou uma hora que não aguentei mais o segredo e o fato de não conviver mais com o abusador me deu um sentimento de segurança, mas com a revolta da minha mãe ela passou a me proteger de mais, eu entendia o cuidado dela, mas não imaginava que isso reforçaria meus bloqueios psicológicos. A maioria das vítimas de iniciação sexual precoce ligado a abusos desencadeiam distúrbios na área sexual e alguns pais superprotegem com a intenção de compensar o sentimento de culpa que sentem e para o filho (a) não ser vítima novamente.
Comecei namorar meu esposo com 15 anos, meu namoro parecia namoro antigo, nada de portão, nada de cobertor, nada de luz apagada...rsrs aff!!Em pleno século 21, o medo dela me reprimia quanto a questão sexual, esse paradigma de sexo era só depois do casamento, pois Deus não se agradaria que eu o fizesse antes, virou um objetivo. Namorei 6 anos, nunca conversava com ninguém sobre o assunto, pois no meio que eu vivia era tabu. Durante os 6 anos eu morria de vontade de fazer sexo, e saber mais sobre, a internet com certeza me ajudaria, mas na época do namoro eu não tinha acesso a internet, a minha vontade de fazer era normal, mas achava que era um distúrbio devido ser vítima do abuso sexual infantil, eu achava que vontade de mais era pecado. Genteeee é ridículo isso, mas infelizmente aconteceu comigo, meu esposo, namorado na época, dizia para mim que era normal o que eu sentia e eu reprimia, eu não queria acreditar nele, porque a imagem de homem que eu tinha era que homem quer ter prazer,só prazer, meu esposo sabia do meu histórico então foi isso que ajudou ele todo esse tempo a me esperar para noite de nupcias, eu concluía que ele me amava e realmente ele me amou em todo tempo. Louvo a Deus por ele.
CASAMENTO
Tudo lindo maravilho, casamos no dia dos namorados, a ansiedade e nossas conversas: "É HOJEEE!!", o friozinho na barriga,os nossos sorrisos e olhares que deixava a vontade a mil hahaha, nem imaginávamos, mas deu tudo errado, simplesmente não entrava, como todas vagínicas falam, parece uma parede na minha vagina, doía se forçava e não conseguimos. Eu achava que a minha mente estava programada que daria certo, mas o botãozinho de que "agora pode" não funcionou, como eu desejava e orava para esse botãozinho existir em mim...rsrs. Até os 3 primeiros dias beleza, mas as tentativas nos frustravam muito, procurei minha mãe e ela disse que era normal pois, ela também demorou uns dias. Se passaram dois meses e eu muito deprimida, chorava muito, vivia em função disso, meu esposo começou a desconfiar que era frescura minha, e eu achando que eu tinha um problema físico, que minha vagina era fechada.
Falei para ele que era melhor divorciar, porque já não tinha mais esperança. Tudo que planejávamos estava indo para água abaixo.
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